segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ABORTO E SAÚDE PÚBLICA

Por que o aborto é um caso de saúde pública?

Vamos a alguns fatos (nada melhor que eles para responder a indagação acima):

A cada hora 12 MULHERES são internadas no Brasil em consequência de abortos clandestinos. Só no primeiro semestre de 2010, 54 MIL MULHERES foram internadas por complicações pós-aborto. Nesse período, o governo brasileiro desembolsou R$ 12,9 MILHÕES para tratamento de mulheres que sofreram hemorragias, infecções ou perfurações em procedimentos abortivos ocorridos em clínicas clandestinas.

Fonte: Revista IstoÉ 2136. 20/10/2010, p. 48 (adaptado).

E MAIS...

Dados do ministério da saúde apontam que 5,3 MILHÕES DE BRASILEIRAS entre 18 e 39 anos tenham feito pelo menos um aborto. Sendo que mais da metade destas acabam internadas devido a complicações da intervenção.

Fonte: Revista IstoÉ 2137. 27/10/2010, p. 43 (adaptado).

VAMOS DEIXAR DE HIPOCRISIA. NÃO NOS DEIXEMOS LEVAR PELA DEMAGOGIA DE POLÍTICOS E PELOS DOGMAS MEDIEVOS DA IGREJA. SEJAMOS A FAVOR DA DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO, UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA E DE FORO ÍNTIMO.

15 comentários:

  1. Tome vergonha na sua cara e leia esse trecho com sincetidade

    O aborto só é uma questão moral porque ninguém conseguiu jamais provar, com certeza absoluta, que um feto é mera extensão do corpo da mãe ou um ser humano de pleno direito. A existência mesma da discussão interminável mostra que os argumentos de parte a parte soam inconvincentes a quem os ouve, se não também a quem os emite. Existe aí portanto uma dúvida legítima, que nenhuma resposta tem podido aplacar. Transposta ao plano das decisões práticas, essa dúvida transforma-se na escolha entre proibir ou autorizar um ato que tem cinqüenta por cento de chances de ser uma inocente operação cirúrgica como qualquer outra, ou de ser, em vez disso, um homicídio premeditado. Nessas condições, a única opção moralmente justificada é, com toda a evidência, abster-se de praticá-lo. À luz da razão, nenhum ser humano pode arrogar-se o direito de cometer livremente um ato que ele próprio não sabe dizer, com segurança, se é ou não um homicídio.

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  2. Anônimo,

    Note que ser a favor da descriminalização do aborto não significa obrigatoriamente ser a favor ou estimular este sério ato.

    O que não podemos fazer é simplismente ficar "parados" diante de números tão alarmantes como os apresentados.

    Se você é contrário à prática do aborto, continue divulgando a sua ideia, mas acho temerário deixarmos esta situação do jeito que está.

    P. S.: A agressividade diminui a credibilidade de suas palavras. É incoveniente começar a argumentar sobre algo tão grave com "Tome vegonha na sua cara". Lamentável.

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  3. Mas você reconhece que o aborto tem 50% de chance de ser homícido [do feto, obviamente]?

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  4. Anônimo,

    Como sou adepto da visão metabólica da vida - se há metabolismo, existe vida - a discursão não está quando começa a vida, mas em que momento ela pode ser interrompida dentro dos preceitos da moral e ética. Para mim, é indiferente a questão apresentada.

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  5. Não perguntei se você achava que era vida, perguntei se poderia ser homicídio.

    [Do lat. homicidiu.]
    S. m.
    1. Morte de uma PESSOA praticada por outrem; assassínio.

    Reconhece que pode ser homicídio?
    Considerando que o próprio Descartes destitua a natureza da criança de qualquer humanidade, quem é você pra dizer quando nos tornamos humanos?

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  6. Anônimo,

    Expliquei o que entendia por vida para que você compreendesse(o que não aconteceu) que para mim é irrelevante e inócua a discursão se aborto é ou não um homicídio.

    Usando a definição que apresentaste, até a ortotanasia de uma pessoa diagnosticada com morte cerebral é um homicídio e o aborto também poderia ser, dependendo do entendimento sobre quando, na ontogênese, nos tornamos "PESSOA". Aliás, não me recordo de ter dito "quando nos tornamos humanos" como deste a entender em seu cordial comentário.

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  7. Então matar uma pessoa enquanto ela está dormindo, se ela não sentir dor, está ok?

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  8. Não ter um sistema nervoso formado antes da quarta semana de gestação não é a mesma coisa de estar dormindo. Estás forçando a barra!

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  9. ... Outra coisa: morte cerebral não é a mesma coisa de estar dormindo.

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  10. Tá, e se for homicídio? Qual o problema?
    A mulher não teve escolha! É por acaso que começa a nascer uma coisa [veja bem: eu disse coisa. Pessoa é só depois de um tempo] dentro da mulher.
    Ah, e quanto à eutanásia... Ora, mas que ultraje! Temos que respeitar o direito sacrossanto que as pessoas têm de matar velhinhos!

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  11. ANÔNIMO,

    Se você não sabe, a eutanásia é consentida pelos"velhinhos". Aliás, não precisa ser velhinho para desejar fazer este procedimento.

    P. S.: No meu comentário não escrevi eutanasia e, sim, ortotanasia, que é outra coisa, pesquise.

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  12. Oi, não sou o mesmo anônimo que esses ai de cima ok?
    Penso que talvez, em vez de tomar o aborto como solução, não seria melhor prevenir essas pessoas? Quando eu digo prevenir, é prevenir mesmo! Colocar mutirão de comunidade em comunidade, distribuir metodos contraceptivos, sem deixar ngm desinformado...

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  13. boa noite Job,
    no meu ver o grande problema de se legalizar o aborto não está no fato de matar o feto e sim na banalização feita pela sociedade, uma vez que os jovens começarão a fazer sexo sem o uso do preservativo a pensar que se engravidar basta 'apenas' abortar. posteriormente o prejuízo será maior:o aumento de doenças sexualmente transmitidas.
    gostaria que comentasse o fato.
    obrigado pelo espaço e respeito.

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  14. No meu entendimento, a banalização do aborto não está relacionada com o fato do ato ser crime ou não e, sim, na falta de educação. Os jovens já fazem sexo sem preservativo e se contaminam com DSTs independentemente desta questão sobre o aborto.
    P.S.: Agradeço e adimiro comentários como o seu, que apresentam argumentos, inclusive os contrários a minha opinião, com lucidez e respeito.

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  15. Isso mesmo!Aborto é uma questão de saúde pública e não irão parar de acontecer...A diferença é que com a legalização mulheres não irão morrer nem fazer procedimentos arriscados .Usar religião como argumento é totalmente injusto e errado.

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