2011 - ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS

2011 é o Ano Internacional das Florestas e da Química. Puxando a sardinha pro meu lado, procuro enfatizar a questão das florestas, estes biomas que já foram exaltados em verso e prosa. Dentro deste contexto, quero compartilhar com meus amigos duas belas canções sobre florestas. Assistam e escutem atentamente:



Saga Da Amazônia

Composição : Vital Farias

Era uma vez na AMAZÔNIA, a mais bonita floresta
Mata verde, céu azul, a mais imensa floresta
No fundo d'água as IARAS, caboclo lendas e mágoas
E os rios puxando as águas
PAPAGAIOS, PERIQUITOS, cuidavam das suas cores
Os peixes singrando os rios, Curumins cheios de amores
Sorria o JURUPARI, URAPURU, seu porvir
Era: FAUNA, FLORA, FRUTOS E FLORES
Toda mata tem caipora para a mata vigiar
Veio caipora de fora para a mata definhar
E trouxe DRAGÃO-DE-FERRO, prá comer muita madeira
E trouxe em estilo gigante, prá acabar com a capoeira.
Fizeram logo o projeto sem ninguém testemunhar
Prá o dragão cortar madeira e toda mata derrubar:
Se a floresta meu amigo tivesse pé prá andar
Eu garanto meu amigo, com o perigo não tinha ficado lá.
O que se corta em segundos gasta tempo prá vingar
E o fruto que dá no cacho prá gente se alimentar??
Depois tem passarinho, tem o ninho, tem o ar
ICARAPÉ, rio abaixo, tem riacho e esse rio que é um mar.
Mas o DRAGÃO continua a floresta devorar
E quem habita essa mata prá onde vai se mudar??
Corre ÍNDIO, SERINGUEIRO, PREGUIÇA, TAMANDUÁ
TARTARUGA, pé ligeiro, corre-corre TRIBO DOS KAMAIURA
No lugar que havia mata, hoje há perseguição
Grileiro mata posseiro só prá lhe roubar seu chão
Castanheiro, seringueiro já viraram até peão
Afora os que já morreram como ave-de-arribação
Zé da Nana tá de prova, naquele lugar tem cova
Gente enterrada no chão:
Pois mataram índio que matou grileiro que matou posseiro
Disse um castanheiro para um seringueiro que um estrangeiro
Roubou seu lugar
Foi então que um violeiro chegando na região
Ficou tão penalizado e escreveu essa canção
E talvez, desesperado com tanta devastação
Pegou a primeira estrada sem rumo, sem direção
Com os olhos cheios de água, sumiu levando essa mágoa
Dentro do seu coração.
Aqui termina essa história para gente de valor
Prá gente que tem memória muito crença muito amor
Prá defender o que ainda resta sem rodeio, sem aresta
ERA UMA VEZ UMA FLORESTA NA LINHA DO EQUADOR.





MATANÇA

Autor: Jatobá

Cipó caboclo tá subindo na virola
Chegou a hora do pinheiro balançar
Sentir o cheiro do mato da imburana
Descansar morrer de sono na sombra da barriguda
De nada vale tanto esforço do meu canto
Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica
Arvoredos seculares impossível replantar
Que triste sina teve cedro nosso primo
Desde de menino que eu nem gosto de falar
Depois de tanto sofrimento seu destino
Virou tamborete mesa cadeira balcão de bar
Quem por acaso ouviu falar da sucupira
Parece até mentira que o jacarandá
Antes de virar poltrona porta armário
Mora no dicionário vida eterna milenar
Quem hoje é vivo corre perigo
E os inimigos do verde da sombra, o ar
Que se respira e a clorofila
Das matas virgens destruídas vão lembrar
Que quando chegar a hora
É certo que não demora
Não chame Nossa Senhora
Só quem pode nos salvar é
Caviúna, cerejeira, baraúna
Imbuia, pau-d'arco, solva
Juazeiro e jatobá
Gonçalo-alves, paraíba, itaúba
Louro, ipê, paracaúba
Peroba, massaranduba
Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro
Catuaba, janaúba, aroeira, araribá
Pau-fero, anjico amargoso, gameleira
Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá

O QUE É VIDA?

Gráfico de Hillis, a árvore da vida, simplificado nesta tatuagem.

Todo começo de ano, para turmas novas, ao apresentar a disciplina de biologia, inevitavelmente caímos na discursão sobre o que é a vida. Eita perguntinha complicada de responder. Complicada, pois não me satisfaço em elencar um conjunto de características dos seres vivos e, pronto, taí, um ser vivo. Será que é adequado definir a vida como um conjunto de predicados?
Bom... como é assim nos livros didáticos, é assim que explico (um pouco chateado, confesso).

Vitor Ariel, um estimado aluno, parece-me, percebeu isto e, como promissor biólogo, tratou logo de elaborar um conceito que dissipasse minha angústia:

"Um conjunto de moléculas suficientemente bem organizadas capazes de manter um metabolismo, com tendência a gerar novos organismos iguais ou semelhantes a si e que, em algum momento, cessará sua atividade metabólica e perderá sua organização, decomposta pelo meio e outros seres."

O que vocês acham do conceito para vida de meu intrépido aluno?

Ao ler o conceito do proposto por Vitor Ariel, recordei de um artigo muito bom publicado na revista Ciência Hoje, em 2003,  chamado "O que é vida?". Vale a pena ler.

Outra coisa imediatamente lembrada ao ler o conceito foi uma música de Gonzaguinha (O que é, O que é?). Quem não a conhece?

VÍDEO: FLUXO DA INFORMAÇÃO GENÉTICA

Mais uma vez um de meus alunos contribui para tornar meu blog cada vez mais legal. Isabela me indicou um vídeo sobre o "dogma central da biologia molecular" em eucariotos que é simplesmente espetacular. Assistam e concordem comigo e com a minha generosa aluna.



Para informações extras sobre o tema, vejam a postagem
 http://nossobioma.blogspot.com/2010/04/dogma-central-da-biologia.html

VÍDEOS SOBRE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

O estudo sobre desenvolvimento embrionário, se levado a sério, é algo extremamente difícil, considerando-se os pormenores moleculares que regem as transformações que levam a formação de um ser multicelular, com seus diferentes tecidos, a partir do zigoto. No ensino médio, não damos ênfase a biologia molecular do desenvolvimento, apenas caracterizamos superficilmente seus estágios iniciais do ponto de vista morfo-funcional. Como, mesmo assim, noto certa dificuldade dos meus queridos alunos em acompanhar alguns raciocínios, acho importante usar o maior número de recursos possíveis para alcançar o aprendizado. Há alunos que percebem esta minha preocupação e buscam me ajudar. Foi assim que Luan me enviou links de ótimos vídeos sobre o tema, que compartilho com todos:







Para complementar seus estudos, além da indispensável leitura do livro didático e das anotações de sala de aula, veja a postagem "desenvolvimento embrionário do anfixo".

MUTAÇÕES

Baixe os slides sobre mutações apresentados em sala de aula.